Mas o que é o púbis? O
púbis é uma parte da pelve que é composta pelo: ílio, ísquio e púbis (é
a base de nossa coluna, essa região é mais conhecida como “bacia”).
Encontramos muitos músculos envolvidos e entre eles está inserido um dos
principais e mais lembrados em uma aula de Pilates, o assoalho pélvico,
que junto com o transverso do abdômen serão os responsáveis pelo
posicionamento adequado e saudável da pelve. Além disso, a camada mais
superficial não menos solicitada durante uma aula de Pilates justamente
por conta de sua origem (no púbis) e os adutores (musculatura do fêmur).
Biomecanicamente
a pelve tem três alinhamentos: Anteriorização/posteriorização, rotação
horário/anti-horário e inclinação lado direito/esquerdo, por isso a
nossa preocupação em encontrar o melhor posicionamento para nosso
cliente, seja no alinhamento neutro ou com uma leve inclinação posterior
da pelve mais conhecida como imprint.
Muitos problemas podem causar dor nessa região, como:
- Possíveis hérnias (inguinal e femoral);
- Prostatite;
- Uretrites;
- Separação da sínfise púbica causada pelo parto;
- Infecções, entre outras causas…
Os
sintomas se assemelham aos de um estiramento muscular, em uma aula de
Pilates a queixa pode ocorrer durante sequências de abdominais ou
agachamentos. A dor pode ainda se estender irradiando para região
interna da coxa, para o períneo, testículos e a lombalgia se soma a uma
lesão da sacroilíaca.
O
caso de Pubalgia é comum entre os atletas de futebol, e o mais provável
é que, por causa de sua atividade, ele tenha tido algum comprometimento
na musculatura que possa estar desenvolvendo a dor. Os músculos do
fêmur, principalmente os adutores e em especial o adutor longo, (tem sua
origem na região do púbis) estarão comprometidos necessitando de uma
atenção mais específica em nossas aulas de Pilates. O quadro pode piorar
com o esforço continuado ou de acordo com vícios posturais, podendo ser
sentida até ao subir escadas.
No
Pilates, dentro dos princípios do método, do mesmo jeito que sabemos
que os braços não fazem parte da caixa torácica, mas os movimentos dos
mesmos podem influenciar em nosso alinhamento. A pelve não é diferente:
as pernas não fazem parte da pelve, mas sim, os movimentos dos MMII
(Membros Inferiores) influenciam em nosso alinhamento, consequentemente
nosso programa de aulas para o cliente com essa patologia deverá ser
alterado, dependendo do grau da Pubalgia os movimentos da articulação do
quadril podem ser dolorosos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS AO INSTRUTOR DE PILATES:
• Evite uso excessivo de adutores ou flexores do quadril;
•
Posições invertidas onde o aluno(a) tenha que estabilizar a posição
através da ação muscular dos músculos profundos da pelve por muito
tempo;
• Opte por exercícios abdominais em CCF (Cadeia Cinética Fechada);
• Sempre que possível verifique se seu aluno(a) se sente confortável;
• Observe-o sempre de vários ângulos, se preocupando com o posicionamento ideal para o corpo dele(a).
BOAS AULAS!
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